Cidades Intermediárias são tema de evento paralelo do G20 em Belém: 62% da população mundial vive em cidades deste porte
Na alçada da programação de encontros do Grupo de Trabalho de Redução de Risco de Desastres do G20 nesta semana em Belém, capital paraense, o Ministério das Cidades, junto à OCDE e à ONU-Habitat, organizou o G20 PLIC 2024. O evento paralelo contou com participação de delegados e delegadas do GT de Desenvolvimento, coordenado pelo Itamaraty.

Nesta terça-feira (29), antecedendo as reuniões técnica e ministerial do Grupo de Trabalho (GT) de Redução de Risco de Desastres, aconteceu, em Belém, capital do Pará, cidade que também recebe as reuniões, o evento paralelo híbrido G20 PLIC 2024 (sigla em inglês para Plataforma sobre Localização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e Cidades Intermediárias), com organização dos ministérios brasileiros das Cidades e das Relações Exteriores, junto à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e à Organização das Nações Unidas (ONU) Habitat.
Os debates se concentraram no papel das cidades intermediárias (aquelas com população de 50 mil até 1 milhão de habitantes) na promoção de um desenvolvimento mais sustentável, resiliente e igualitário. Atualmente, estima-se que 62% da população mundial vive em cidades deste porte, o que reforça o papel desses locais como centros de ligação entre demais espaços, como áreas rurais, cidades pequenas e grandes centros. Foram abordados dois temas principais: o papel de tecnologias agrícolas para acabar com a fome e garantir neutralidade em carbono, e a implementação de estratégias de redução de riscos de desastres e maior resiliência em cidades intermediárias.
O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, ao presidir a reunião, destacou a experiência brasileira com o crescimento urbano, que historicamente esteve concentrado nas grandes metrópoles, e agora se movimenta em direção das chamadas cidades intermediárias que, por sua vez, emergem como novos polos de desenvolvimento. Essas cidades, com características próprias e dinâmicas locais, têm a capacidade de articular o crescimento de municípios vizinhos e se tornam protagonistas no avanço econômico e social do Brasil.
“Nosso país busca de maneira ativa colocar em prática nessas cidades intermediárias as lições aprendidas nas grandes metrópoles, capitalizando tanto as ações bem-sucedidas como os desafios enfrentados. A prioridade primeira é evitar os erros que acompanharam a acelerada urbanização de nossas capitais e grandes centros”, assegurou o ministro. “Assim, investimos muito fortemente em infraestruturas resilientes, planejadas especialmente para atender populações vulneráveis e reduzir ao máximo o impacto de desastres, que, sabemos todos, tendem a afetar marcadamente as comunidades menos favorecidas”, complementou.
Durante o encontro, os membros do G20 debateram iniciativas em curso em seus países para atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e potencializar um desenvolvimento sustentável e inclusivo nos territórios. Além dos representantes do GT de Redução de Risco de Desastres, participaram também delegados e delegadas do GT de Desenvolvimento.
Texto com informações do Ministério das Cidades