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INFRAESTRUTURA

G20 defende compromisso com a melhoria da infraestrutura de países do Sul Global

Em reunião na Casa do G20 em Brasília, o Grupo de Trabalho de Infraestrutura estabeleceu prioridades para os países e as cidades, sobretudo os países pobres e os do Sul Global, a enfrentarem desafios globais na área. Com foco em financiamento, redução da pobreza e projetos transfronteiriços, o grupo destaca a infraestrutura como peça-chave para um futuro mais equitativo e resiliente.

03/02/2024 09:00 - Modificado há um ano

O coordenador do GT, Marden Barboza, apresentou as prioridades do Brasil e as orientações que devem compor o documento que será apresentado à Cúpula de chefes de Estado em novembro no Rio de Janeiro. “As propostas apresentadas foram bem aceitas pelos participantes e vamos propor ações práticas a serem implementadas pelos países”, esclareceu Marden. Ele apresentou as prioridades para a infraestrutura, como a questão da sustentabilidade e inclusão. Para ele, “algum país pode ter uma solução para um problema que pode ser implementado em outro, o que pode diminuir custos e ser mais eficiente”, defendeu. 

Existem estratégias para tornar a infraestrutura global mais resiliente, com ações práticas para diminuir os impactos das mudanças climáticas. O investimento em infraestrutura é uma ação que pode impactar na redução da pobreza, corrigir falhas de mercado e promover o bem-estar em regiões mais necessitadas. 

Outro desafio levantado pelo grupo é a redução de riscos cambiais. Marden explicou que existe a necessidade da criação de mecanismos que diminuam o risco da flutuação cambial. Para ele, “países desenvolvidos, que têm menor demanda por infraestrutura, podem investir em países que precisam desses recursos, mas ficam sujeitos ao risco da desvalorização das moedas locais”. O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva apresentou crítica semelhante ao defender a necessidade de se repensar modelos e mecanismos financeiros. A fala foi feita na abertura da 78º Assembleia da União das Nações Unidas (ONU), no ano passado, ao criticar o neoliberalismo como modelo que “agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias”.

Outra prioridade são as melhorias da infraestrutura, que deve impulsionar o crescimento econômico. Para contribuir efetivamente para a redução da pobreza, os serviços de infraestrutura devem estar disponíveis para todos os cidadãos, independentemente do nível de renda. O grupo deve enviar recomendações para coordenar e financiar projetos, com foco nas instituições financeiras multilaterais como os bancos de desenvolvimento.

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