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INTEGRIDADE DA INFORMAÇÃO
Olhos do mundo voltados para o Sul do Brasil: imprensa internacional faz ampla cobertura sobre tragédia climática
Estado brasileiro do Rio Grande do Sul tem sido o epicentro de uma crise climática devastadora, que ganhou destaque na imprensa internacional, ampliando o debate em torno da necessidade de enfrentar urgentemente o aquecimento global, além de atuar na divulgação de informações confiáveis sobre a tragédia.
Os principais veículos de comunicação internacionais têm dedicado atenção especial à tragédia. O jornal espanhol El País chamou a região de "vitrine da devastação trazida pelas mudanças climáticas", enquanto o alemão Die Zeit descreveu a situação como "maré sempre crescente. No Sul do Brasil, enormes áreas estão sob metros de água". O The Times Of India destacou o alerta das autoridades brasileiras “para mais inundações e deslizamentos de terra com a chegada de novas chuvas” e a agência de notícias britânica Reuters destacou o aumento do número de vítimas “Inundações no Brasil matam 143, governo anuncia gastos de emergência”.
A TV ABC News, da Austrália, seguiu na mesma linha “Enchentes no Sul do Brasil deixam mais de 100 mortos e milhares deslocados” e o jornal indiano The Hindu relatou que “As operações de resgate continuam no sul do Brasil inundado, apesar das novas chuvas".O Correio da Manhã, de Portugal, lamentou o registro de 148 mortes nas inundações, além do adiamento da viagem do ex-presidente Lula ao Chile para visitar os desabrigados e atingidos pela tragédia: O“Brasil regista 148 mortes nas inundações. Lula da Silva adia viagem ao Chile”.
O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung e o canadense The Globe And Mail reforçaram o alto custo humano das enchentes no sul do Brasil e as medidas de emergência adotadas pelo governo brasileiro. Por sua vez, a TV BBC News divulgou que o “Brasil anuncia liberação de 10 bilhões de dólares para ajudar nos esforços de resgate e reconstrução no Rio Grande do Sul”.
La Razón, da Bolívia, e La Nacional, da Argentina, ressaltaram o cancelamento da viagem do Presidente Lula ao Chile devido à catástrofe no Sul do Brasil e o aumento dos níveis das inundações em Porto Alegre, respectivamente.
Jornalismo profissional no combate à desinformação
A repercussão e a cobertura internacional não apenas enriquecem e alertam para o debate global sobre eventos climáticos, mas também desempenham um papel vital na luta contra a desinformação. Em um momento onde as fake news têm se espalhado rapidamente, a atuação de veículos de comunicação, com notícias apuradas in loco por profissionais da mídia, é essencial para a disseminação de informações precisas e confiáveis.
Além do socorro às vítimas e reconstrução dos locais abalados pela tragédia que assola o Sul do Brasil, governos e sociedade ainda precisam enfrentar outra batalha: a disseminação de notícias falsas. A epidemia da desinformação têm atrapalhado o trabalho das equipes de resgate, prejudicado o socorro às vítimas, impedido que medidas de auxílio chegue até as pessoas e abalado a credibilidade de instituições que atuam no local.
“As fake news têm atrapalhado, primeiramente, a ação do Poder Público, porque a população tem recebido informações inautênticas e inverídicas em relação a ações que estão em andamento agora mesmo no Rio Grande do Sul.” declara o Advogado-Geral da União, Jorge Messias.
Em conversa com radialistas no programa Bom Dia, Presidente, no dia 07 de maio, Luiz Inácio Lula da Silva não escondeu a indignação diante da onda de fake news relativas à tragédia climática no Rio Grande do Sul:“Eu queria chamar a atenção sobre o seguinte: ainda tem muita fake news contando mentiras sobre o Rio Grande do Sul, desmerecendo pessoas que estão trabalhando, não apenas das Forças Armadas, da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Polícia Federal, da Força Nacional, não apenas as pessoas que ganham salário para trabalhar, mas os voluntários”, reforçou Lula.
Brasil contra Fake: site detecta e desmente notícias falsas
Para fazer frente aos conteúdos falsos, o governo brasileiro mantém a plataforma Brasil Contra Fake, que se destaca como uma ferramenta importante de disseminação de informações verificadas e esclarecimentos sobre desinformação relacionadas a ações institucionais. Neste momento, o foco é desmentir a grande propagação de notícias falsas sobre a tragédia no Sul do Brasil, que vai do negacionismo climático à disseminação de medo entre a população.
“O governo brasileiro está empenhado em combater a onda de fake news que tem se proliferado em relação à tragédia no Sul do País. Grandes esforços estão sendo feitos para responder a essas desinformações, inclusive com propostas de ações na justiça para os casos mais graves. Essa resposta não apenas visa proteger a população de informações falsas, mas também garante que a verdade sobre os esforços e avanços nas ações de socorro seja devidamente reconhecida”, afirma o assessor da Secretaria de Comunicação Institucional da Presidência da República, George Marques.
Protocolo de Intenções
O Governo Federal montou, com coordenação da Advocacia Geral da União (AGU), um grupo de combate às notícias falsas formado pelas principais plataformas digitais que atuam no Brasil.Estavam presentes representantes das empresas TikTok, Meta, Kwai, LinkedIn, Google, Kuaishou Technology e Spotify, além de representante do X (antigo Twitter), que participou virtualmente e não se manifestou. Durante o encontro, foi apresentado às plataformas um “protocolo de intenções”. Nesse protocolo, o governo brasileiro identifica uma publicação com conteúdo falso e aciona as plataformas para que retirem o material do ar.
“Esse protocolo de intenções visa justamente ter uma atuação mais intensiva, mais célere, mais efetiva no combate ao conteúdo desinformacional”, destaca Messias.
Integridade da informação
Esse esforço do governo brasileiro reflete uma preocupação global com a integridade da informação no cenário digital, como evidenciado pelo Grupo de Trabalho (GT) de Economia Digital do G20. Recentemente, em São Paulo, o GT promoveu um evento voltado para a construção de estratégias para enfrentar os desafios digitais, com foco na promoção da integridade da informação, com o tema “Promover a integridade da informação: combatendo a desinformação, o discurso de ódio e as ameaças às instituições públicas online”.