POD20 Brasil #25 - Cidadania Digital

Os jovens repórteres de Maceió participaram da cobertura do Grupo de Trabalho de Economia Digital na capital alagoana no último mês. Entre os quatro dias de programação, foram diversas as entrevistas, uma delas com a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Luciana Santos.

Você sabia que 48,7% dos municípios brasileiros, quase metade do país, não possui um único veículo de comunicação. São mais de 27 milhões de pessoas vivem nos chamados “Desertos de notícias”, lugares sem jornal, emissora de rádio ou televisão local que cubra o que acontece na cidade, na prefeitura, na câmara de vereadores. Esses dados são do Atlas da Notícia, uma iniciativa do Projor, o Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo, que há alguns anos mapeia a presença de publicações jornalísticas no país. A redução do número de veículos de comunicação não é um privilégio do Brasil. É um fenômeno mundial que tem a ver com o crescimento das plataformas digitais, que desenvolveram um modelo de negócios que tira a publicidade dos veículos tradicionais. Sem anúncios, os jornais são obrigados a fechar. E o que isso tem a ver com o G20? Tudo. O grupo de trabalho de Economia Digital, por exemplo, trata de regulação de plataformas, combate à fake news e à desinformação. Ouça a entrevista com Fernanda da Escóssia, professora de jornalismo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e editora-executiva do site Aos Fatos, e Dubes Sônego, jornalista e pesquisador do Atlas da Notícia.

Na penúltima reunião técnica do Grupo de Trabalho de Economia Digital do G20, que ocorreu em São Luís, estado do Maranhão, estudantes dos Centros Educa Mais (CEM) da capital participaram, como repórteres, da cobertura do evento. Na coletiva, os estudantes puderem entrevistar o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.

Confira o resumo e melhores momentos da reunião Ministerial de Economia Digital em Maceió, Alagoas.

Segundo a professora Danielle Ayres, o G20 - como fórum com as maiores economias do mundo - é o lugar ideal para se pensar em práticas efetivas que podem servir de exemplo para o mundo com modelos de ação. E o Estado vai ter que colocar limites que já existem na vida física e o grande desafio é conseguir consolidar autoridade sem que isso seja entendido como autoritarismo.