Redução de desigualdades, combate à fome e garantia de direitos unem Brasil e México na agenda do G20

No ano em que os dois países comemoram 190 anos de relações diplomáticas, embaixadores reforçam pontos em comum em temas prioritários da agenda do G20.

“Temos a vontade de trabalhar juntos e trazer conosco e a toda nossa região temas centrais como o setor farmacêutico, energético e alimentar e temas transversais de combate à fome. Os recursos naturais do mundo estão em nossa região. O que precisamos fazer é utilizá-los bem, para benefícios de nossos povos e não ter somente uma visão extrativista”. 

Com estas palavras, a chanceler do México, Alicia Bárcena, destacou, em reunião com o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o compromisso do México, país-membro permanente do G20, com as prioridades da presidência brasileira do Fórum. O encontro entre os dois aconteceu durante a reunião de chanceleres da Trilha de Sherpas do G20, no final de fevereiro, no Rio de Janeiro.

Ela salientou, para o Ano Dual Brasil-México (2023-2024), o compromisso dos dois governos com a justiça social, a discussão de temas regionais na reunião do Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos) ocorrida em em Kingstown (São Vicente e Granadinas), e o combate ao tráfico internacional.

Justiça social

“Ambos países estão realmente lutando contra a cultura dos privilégios e conseguindo que estes se convertam em direitos. Essa questão é central. Temos aprendido muito com o Brasil e suas políticas trabalhistas, políticas sociais e o programa Bolsa Família. Tem sido muito importante para o México avançar sobre o tema do salário mínimo”, disse a embaixadora.

Ela anunciou a possibilidade de realização de uma espécie de cúpula entre os dois países: “que possa articular outros mais em torno a essa visão progressista, social e de profundidade produtiva e política, e também com relação ao meio ambiente. Ambos os países percebemos que a mudança climática nos gerou muitos problemas de seca, incêndios e destruição. E para solucioná-los, temos muitos recursos e, sobretudo, pessoas”.

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